A revolução agrícola e a revolução demográfica
• Revolução agrícola
Na Inglaterra, nos séculos XVII e XVIII, a agricultura sofreu transformações de tal modo importantes que alguns historiadores as designam por revolução agrícola. Até ao século XVIII a agricultura tinha baixa produtividade, pouca maquinaria, utilizava adubo animal, os terrenos eram baldios, havia pousio e as propriedades eram abertas (openfield). Após o século XVIII houve alterações na estrutura da propriedade como os enclousers (campos cercados), inovações técnicas (fim do pousio, melhoria dos solos arenosos, introdução da rotação continua de culturas, criação de gado, selecção de sementes, especialização de culturas, uso de adubos e de fertilizantes e mecanização de culturas), introduziram-se novas culturas (a batata, a beterraba, o milho grosso ou maís, o feijão e o arroz) e a agricultura passou a ser mista.
Á medida que a revolução agrícola se generalizou a outros países europeus, o aumento da produtividade permitiu maior abundância de alimentos. A partir dos meados do século XVIII, graças á melhoria dos transportes, desenvolveu-se também o comércio de produtos alimentares, exportados pelos países com excedentes.
A melhor alimentação, as melhores condições de habitação, a maior higiene privada, as melhorias na medicina e o saneamento e a limpeza das ruas, fez com que diminuísse significativamente a mortalidade, sobretudo a mortalidade infantil. Deste modo, deu-se deu-se um acentuado crescimento demográfico.